Em pauta - RGE irá investir R$ 5 bilhões até 2025 no Rio Grande do Sul
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Pela primeira vez desde que uniu as operações com a AES Sul, empresa adquirida em 2016 pela sua controladora CPFL, a RGE conseguiu, em 2020, ficar dentro dos limites dos indicadores de qualidade FEC (número de vezes que o cliente fica sem energia elétrica ao longo de um ano) e DEC (tempo médio que cada consumidor fica sem fornecimento ao longo de um ano).
O presidente da distribuidora, Marco Antonio Villela de Abreu, em entrevista ao Jornal do Comércio, informou que a empresa reduziu em mais de três horas esse último indicador. Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o DEC apurado da concessionária foi de 10,83 horas, contra um limite de 11 horas, e o FEC foi de 5,27 vezes, tendo um limite de 8,15. Além disso, para qualificar o atendimento, a companhia planeja investir cerca de R$ 5 bilhões entre 2021 e 2025. Ano passado, foram investidos R$ 960 milhões.
Confira a entrevista abaixo:
A pandemia de coronavírus atrapalhou o plano de investimentos da RGE?
Marco Antonio Villela de Abreu - Apesar de tudo, nós investimos (no ano passado) 9% acima do que em 2019. Fechamos 2020 com um pouco mais de R$ 960 milhões em investimentos. Os recursos foram aplicados em ampliações de subestações, novos alimentadores, linhas de transmissão, interligações e fizemos no ano passado o maior volume de manutenção da nossa história. A RGE tem 153 mil quilômetros de redes e fizemos 20 mil quilômetros de manutenção. Todas as obras físicas previstas foram concluídas. O grande destaque foi a melhoria na qualidade do fornecimento de energia. Nós reduzimos o DEC em mais de três horas, se comparado a 2019. Já conseguimos chegar dentro da meta regulatória, que era um desafio para a RGE.
É a primeira vez que a RGE consegue enquadrar tanto o DEC como o FEC dentro dos limites regulatórios?
Abreu - O FEC já estava, mas os dois juntos é a primeira vez após o agrupamento. Na RGE antiga a gente já tinha conseguido, mas no final de 2016 nós adquirimos a AES Sul (que depois foi denominada RGE SUL e por último anexada à RGE) e quando juntou o DEC total acabou aumentando. Esse ano, fruto de um trabalho muito grande, conseguimos enquadrar os limites.
O que a companhia projeta de investimentos para longo prazo?
Abreu - Nós projetamos nos próximos cinco anos (2021 a 2025) investimentos na casa de R$ 5 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão por ano. Aumentamos um pouco o volume de investimentos (no ciclo de 2020 a 2024 o aporte estimado era de R$ 4,8 bilhões) para fazer frente aos desafios da concessão da RGE que são enormes devido à intensidade e frequência dos temporais.
O que se pode esperar para o consumo de energia em 2021?
Abreu - Hoje, estimar mercado é muito difícil, mas a gente acredita em uma retomada, talvez mais lenta que se imaginava no início do ano. Mas, creio que assim que aumentar o volume de vacinação, teremos um crescimento mais célere.
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