A comunidade de Dom Pedrito se reuniu na noite da última quinta-feira (03 de abril) na sede do legislativo municipal para apresentar suas demandas em relação aos serviços prestados pela CEEE Equatorial.

Problemas no fornecimento de energia elétrica enfrentados pelos moradores nos últimos anos motivaram o encontro, que lotou o plenário da casa. Conduzida pelo Presidente da Câmara de Vereadores, Patricio Antunes, a Audiência Pública reuniu Vereadores, a Vice-Prefeita, Luciane Moura, representantes da OAB e de entidades de produtores rurais e líderes comunitários, além de técnicos e lideranças da CEEE Equatorial. A AGERGS participou com as presenças do Diretor de Energia Elétrica, Gás Canalizado e Iluminação Pública, Alexandre Jung, e do Assessor Luiz Klippert. 

Jung discorreu sobre as competências da AGERGS, explicando como se dá a atuação da Agência, que fiscaliza a distribuição e a geração de energia elétrica no Rio Grande do Sul por delegação da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. O Diretor apresentou dados das últimas fiscalizações, ressaltando que a AGERGS aplicou mais de 121 milhões em multas à concessionária nos últimos três anos. Expôs também um rápido panorama da evolução da concessão sob a ótica da regulação, apontando aspectos em que os indicadores de qualidade sinalizam uma discreta melhora na qualidade, mas salientando que “ainda há muito a ser feito e melhorado”. 

Dentre as penalidades aplicadas pelo não atingimento da qualidade mínima do serviço, a AGERGS também passou a impor a “obrigação de fazer”, elencando ações de melhoria que devem ser implementadas e gerar resultados até o final de 2025. Reuniões mensais estão sendo realizadas entre as áreas técnicas da Agência e da concessionária para acompanhamento da evolução dessas ações. Na hipótese de não serem apresentados resultados satisfatórios, novas multas podem ser aplicadas.

Entre os principais problemas mencionados, é possível destacar a demora para a substituição de postes de madeira deteriorados, a deficiência do atendimento presencial, e a falta de comunicação da distribuidora com a comunidade. Unanimidade entre as manifestações, as condições precárias da rede de distribuição e as constantes interrupções no fornecimento encabeçam a lista. Segundo relatos, usuários do serviço chegam a ficar semanas sem energia, causando enormes prejuízos a produtores rurais, indústrias, comércio e consumidores residenciais.

Os representantes da CEEE Equatorial se manifestaram expondo as ações realizadas e os investimentos previstos para o município e região. Segundo eles, todas as reclamações serão analisadas e encaminhadas às áreas responsáveis para que soluções possam ser apresentadas à comunidade.